MIRANHA

Essa nasce da proposta para a primeira Marcha das Vadias, de trabalhar em cima de super Heroínas. Sendo feminista militante provocadora, questiona o patriarcado e a família Mineira. A hipocrisia da sociedade. Questiona inclusive os ditos sobre os corpos femininos, bem como as regras de condutas opressoras impostas às mulheres, num silogismo mesquinho que coloca que mulher que se respeita é aquela que se dá valor. Contrapondo que se dar valor é se escutar, ser e estar onde quiser. E não “bela, recatada e do lar”.

Lugar de mulher é onde ela quiser; minha roupa (nem de ninguém) não é um convite; abortei o machismo; pelo direito da escolha, não pela escolha de direitos; apoie a vida, legalize o aborto; tire sua opinião do meu útero, ele é laico; estamos nuas e cobertas de razão; meu respeito por um homem não depende das roupas que ele veste; meus seios não são para o seu consumo; nem do estado, nem do companheiro, meu corpo é meu; quem cala não consente; meu corpo, minhas regras; não é não; respeito é sexy; estupro é crime e a culpa nunca é da vítima; se o Papa fosse mulher, aborto não seria crime; a gente não quer só fazer e ser comida; sou vadia mas não sou sua; vadia = mulher que pode decidir sobre si mesma; afinal, um homem sem camisa: ( ) tá com calor ( ) vai jogar bola ( ) quer ser estuprado, claro!; sou mulher, não sex toy; violência e preconceitos, chega de engolir, vamos agora é cuspir; machistas não passarão… pois somos as netas das bruxas que não conseguiram matar!

PRIMAVERA FEMINISTA (Letra: Simone Soares e Flavia Simão – em ritmo de Bella Ciao, canção símbolo da resistência italiana ao fascismo)
Uma manhã, eu acordei/ E ecoava: ele não, ele não, não, não
Uma manhã, eu acordei/ E lutei contra um opressor
Somos mulheres, a resistência/ De um Brasil sem fascismo e sem horror
Vamos à luta, pra derrotar/ O ódio e pregar o amor (2x)

No espetáculo fará o papel de uma militante voltando da Marcha das Vadias, mas que é agredida verbalmente na porta do local onde está sendo realizado o espetáculo. Com a defesa e acolhida das palhaças, incorpora à grupa e apresenta à todxs a cena explicando através de todos os recursos possíveis que consegue pensar (libras, desenho, mímica, pedido de ajuda à um homem da plateia para narrar a cena à um possível deficiente visual), sobre o termo Piranha, através da música de Alípio Martins.

Piranha!/ É um peixe voraz/ De São Francisco
Não! Perdão/ Rio São Francisco
Não, não!/ Perdão/ Amazonas, nosso grande rio/ Amazonas
O diabo que carregue quem disser que não é! Hum!
Piranha!/ É o nome de um peixe/ Juro que é!
Eu não tocaria um violão, nem faria uma canção para um peixe qualquer!

Seu figurino baseia-se em meia calça, calcinhas, soutiens, peruca… tendo o corpo todo escrito, bem como cartazes vindo com as palavras de ordem, utilizados durante a cena para desenhar as palavras da música.

Scroll to Top